Entre os contrastes de luz e escuridão, “A Fuga da Sombra” emerge como uma das obras mais simbólicas da categoria Labirintos da Alma. Criada entre 1986 e 1988, em papel A4 com lápis e tinta guache, a pintura reflete um momento de transição emocional e psicológica do artista — um período marcado por inquietação, introspecção e busca por sentido.
A cena, aparentemente simples, mostra uma figura que deixa um ambiente escuro em direção a uma faixa de luz. A silhueta, carregando algo às costas, desperta interpretações múltiplas: seria um ladrão fugindo? Um jovem escapando de seus medos? Ou talvez a própria consciência tentando se libertar das sombras internas?
O fundo escuro — quase absoluto — representa o peso das incertezas da juventude, enquanto o feixe dourado simboliza o despertar da consciência, a esperança tímida que surge mesmo em meio à confusão emocional. O uso limitado de cores intensifica a tensão dramática, permitindo que a simplicidade do traço revele a complexidade do sentimento.
Sob o olhar da curadoria da Coleção Raízes, esta pintura ganha um novo sentido: ela não é apenas o registro de um momento de dúvida, mas um marco simbólico da passagem entre a inocência e a autopercepção — um ponto onde o artista começa a olhar para dentro de si, reconhecendo suas próprias sombras.
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