Na Coleção Raízes, cada obra resgata não apenas a memória de um tempo, mas também os sentimentos intensos que marcaram a juventude do artista. A pintura “A Voz do Invisível”, originalmente criada entre 1986 e 1988, em papel A4 com lápis e guache, é um retrato comovente desse período de questionamentos, fé e solidão.
O cenário é simples e simbólico: cadeiras vazias, representando um grupo de jovens da igreja que, apesar de existir, raramente se fazia presente. Essa ausência silenciosa se transformava em reflexo da própria experiência do artista adolescente — um espaço onde buscava respostas na religiosidade, mas encontrava eco apenas em si mesmo. No centro da cena, a Bíblia repousa como ponto de luz e promessa de consolo, mesmo diante do silêncio coletivo.
A reinterpretação contemporânea de “A Voz do Invisível” ganha novas camadas de profundidade. Mantém-se a essência do vazio, mas agora enriquecida por técnicas de acrílico com velaturas e transparências, que sugerem as “vozes” invisíveis — algumas fortes e marcadas, outras difusas, quase etéreas. Um fio de azul atravessa a composição, simbolizando a esperança que persiste, mesmo em meio à solidão.
Assim, a obra se torna um manifesto atemporal sobre a busca humana por sentido: a tensão entre a fé como refúgio e o silêncio interior que insiste em permanecer.
Hoje, com a curadoria da NEX DECOR, essa pintura retorna reinventada, transformando memórias pessoais em arte exclusiva, pronta para dialogar com os dias atuais.
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